Ernesto Dias (Belém PA 2/1/1857 - id. 1908), instrumentista, compositor e regente, era filho do músico e ator Lourenço Antônio Dias, estudou com Henrique Eulálio Gurjão, viajando depois para Milão, Itália, onde freqüentou o Real Conservatório.
Por falta de recursos não terminou o curso, retornando a Belém. Ali completou os estudos com Enrico Bernardi.
Em 1883 foi um dos organizadores da orquestra de serestas Companheiros do Luar. Fundou também outros conjuntos, para os quais escreveu valsas, tangos, maxixes, xótis etc.
Sua composição mais famosa é a valsa Minha esperança, editada em Belém e pela casa Préalle, em Recife PE. Tocando piano, violino, saxofone, clarineta e principalmente flauta, integrou os conjuntos sinfônicos que se exibiam no Teatro da Paz, em Belém.
Fundou a primeira sociedade de concertos de sua cidade, o Clube Musical Concertante e editou a Gazeta Musical (1890/2), revista bimensal.
É autor de Solo concertante, Serenata e Sonata, obras para flauta e piano, Adágio sostenuto, para terceto de flautas, além de hinos patrióticos, marchas militares, música religiosa etc.
Foi professor de flauta no Conservatório de Música, depois Instituto Carlos Gomes, desde sua fundação, em 1895.
Em 1907 era diretor do grupo pastoril Filhas de Davi, para o qual compôs um hino.
Obra
Amor selvagem, valsa, s.d.; O chino do careca, polca, s.d.; A juventude, valsa, s.d.; Minha esperança, valsa, s.d.; Orfeu na roça, polca, s.d.; Vaporosa, valsa, s.d.; A zangada, valsa, s.d.
Fonte: Enciclopédia da música brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Editora, 1977.
Nenhum comentário:
Postar um comentário